sexta-feira, 28 de março de 2008

Cartões Corporativos

Pra não dizer que não falei sobre as mazelas dos Cartões Corporativos, vamos lá:
Quando perguntada sobre o caso dos Cartões Corporativos a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), disse de pronto: “Não vamos apanhar quietos.” Pelo que se sabe o Erenice Alves Guerra, secretária executiva, e pessoa de confiança da ministra Dilma Rousseff, assumiu como sendo sua a iniciativa de coletar e preparar um dossiê com os gastos dos Cartões Corporativos realizados na gestão de FHC. O relatório existe e já esta circulando na mídia, contudo o governo continua negando qualquer intenção de usar esses dados para confundir ou distrair a opinião pública das noticias referentes aos gastos (no mínimo descabidos), com os Cartões Corporativos usados por membros do atual governo. A listagem com os gastos não deixa de ser interessante, D.Ruth Cardoso é mencionada 23 vezes e o ex- presidente FHC, apenas uma vez. Os gastos discriminados são de todo tipo, aluguel de carro, cosméticos, farmácia, bebidas, doces, balas, ingressos para cinema, zoológico, parque temático. Quando surgiram os boatos da feitura do dossiê FHC rapidamente autorizou a divulgação de dados sigilosos de seus familiares e de seu gabinete. Os cartões corporativos podem ser usados para pequenos gastos e despesas de emergência e a meu ver esse empurra-empurra vai longe...
O que me parece realmente importante, está se perdendo em meio à troca de acusações e ameaças veladas. É claro que saber como foi utilizado o dinheiro publico e quais foram os gastos, não apenas do governo FHC, mas de todos os governos passados é notícia de interesse de todos. No entanto, o importante agora é saber o quê excelentíssimos membros do atual governo e seus funcionários estão fazendo com o dinheiro público em suas horas de folga.. O fato de saber que o governo A, B ou C foi infeliz na gestão de seus recursos e gastos, não diminui e tampouco isenta o atual governo de prestar contas a população. Quem durante tanto tempo cobrou de todos, transparência e integridade, deve fazer por merecer a confiança recebida.
Que a mídia e os donos da notícia nos ajudem para que não se perca o foco desta discussão.

Ethel Joyce Borges

terça-feira, 25 de março de 2008

Boas Novas da Educação

Nem só de más noticias vive a Educação no Brasil. Ainda há o que se comemorar. É com o espírito aliviado que recebo as boas novas do MEC, sobre a situação da Educação no Brasil.
Foi apresentado nesta terça- feira, 25/ 03/2008, pelo ministro Fernando Haddad, o resultado do estudo "Redes de Aprendizagem: boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender.", elaborado pelo Ministério da Educação em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação). O resultado mostra que dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 37 passaram pela peneira do MEC, tendo como principal critério o IDEB, (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) com nota de uma a dez. É uma boa noticia que nos deixa com uma sensação esquisita, de que alguma coisa está errada. Ao ver que o município de Sete Barras com uma população de 15 mil habitantes, Sud Menucci com 7.714 habitantes e Votuporanga com 77.622, habitantes fica o espanto de saber que num estado composto por 645 municípios, com uma população de 41.055.734, apenas três deles estão fazendo a “lição de casa.”
É claro que a noticia não é todo ruim e o que se pode fazer é pedir licença e copiar o que está sendo feito nestes municípios, em sua maioria com uma renda menor que a média nacional, com muito trabalho e a boa vontade de seus profissionais. O mais chocante neste quadro é ver que nos grandes municípios a educação foi esquecida.
De maneira geral as medidas tomadas em comum pelas escolas não são nenhuma novidade:
Planejamento didático e pedagógico;
Olhar individualizado para o aluno;
Acesso ao ensino fundamental;
Valorização da leitura;
Avaliações freqüentes;
Reforço escolar;
Recuperação no período de férias;
Alunos familiarizados com o uso do computador e da internet;
Uma gestão participativa e ativa;
Escolas municipais integradas e Professores avaliados regularmente e valorizados;
Tudo o que se pode esperar de qualquer unidade de ensino que preze soa como exceção. O Trabalho desses profissionais nos enche de orgulho e de esperança. É uma mostra de que nem tudo está perdido e que sim, existe luz no fim do túnel.
Parabéns ao esforço destes profissionais da educação que lutam contra a estagnação e acreditam no potencial de seus alunos e professores.