Considerações Sobre o Nada
Literatura,Poesia,Cinema Filosofia.
sábado, 29 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Frases Iluminadas - I
Algumas das frases mais famosas de todos os tempos. Frases brilhantes ditas por mentes brilhantes!
1- "Transportai um punhado de terra todos os dias e farás uma montanha."
Confúcio
2- "Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta!
Carl Yong
3- “O dia de amanhã ninguém usou. Pode ser seu!
Pagano Sobrinho
4- "A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte!"
Indira Gandhi
5- "O sábio age sem nada quererem troca."
Lao Tsé
6- "Somente os que ousam falhar grandemente podem alcançar a grandeza."
Robert F. Kennedy
7- “Faça o que puder, com o que tiver, onde estiver.”
Theodore Roosevelt
8- “A estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência; a inteligência tem seus limites, a estupidez não!"
Claude Chabrol
9- “Aquele que conhece os outros é sábio. Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.
Aquele que vence os outros é forte. Aquele que vence a si mesmo é poderoso. Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade. Seja humilde, e permanecerás integro. Curva-te, e permanecerás ereto. Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gaste-te, e permanecerás novo. O sábio não se exibe, e por isso brilha. O sábio não se faz notar, e por isso é notado. O sábio não se elogia, e por isso tem mérito. E não está competindo, porque ninguém no mundo pode competir com ele.”
Lao Tse
10- “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a se desanimar da virtude, rir da honra e ter vergonha de ser honesto."
Rui Barbosa
11- ‘‘Um homem pode morrer, uma nação se erguer ou cair, mas
uma ideia vive para sempre.”
John F. Kennedy
12- “Evitar o perigo não é mais seguro do que viver exposto a
ele. A vida é uma grande aventura ou então, não é nada.”
Helen Keller
13- “O destino pode mudar. Nossa natureza jamais.”
Arthur Schopenhauer
14- “A arte de viver consiste em tirar o maior bem, do maior
mal.”
Machado de Assis
15- “Quando era jovem, descobri que nove de cada dez coisas
que eu fazia eram um fracasso. Eu não queria ser um fracasso. Então, passei a
trabalhar dez vezes mais.”
George Bernard Shaw
16- “A diferença entre a grandiosidade e a mediocridade está,
frequentemente, em como um indivíduo enxerga um erro.”
Nelson Boswell
17- “Se os homens são puros as leis são desnecessárias; se os
homens são corruptos, as leis são inúteis.”
Thomas Jefferson
18- “Estamos sempre nos preparando para viver e não vivemos.”
Ralph Waldo Emerson
19- “O único homem que jamais erra é aquele que nunca faz
nada.”
Eleanor Roosevelt
20- “A imaginação é mais importante que o conhecimento.”
Albert Einsteindomingo, 7 de dezembro de 2014
Autores essenciais I - Sándor Márai
"O desejo de ser outro, diferente daquilo que somos: não pode arder um desejo mais doloroso no coração humano. Porque não é possível suportar a vida de outra maneira, apenas sabendo que nos conformamos com aquilo que significamos para nós próprios e para o mundo.
Temos que nos conformar com aquilo que somos e ter consciência, quando nos conformamos, de que em troca dessa sabedoria, não recebemos elogios da vida não nos põem no peito nenhuma condecoração e aceitamos que somos vaidosos ou egoístas, carecas e barrigudos - não, temos que saber que por nada disso recebemos recompensas,nem louvores.
Temos de suportar, o segredo é isso. Temos de suportar o nosso caráter, o nosso temperamento, já que os seus defeitos, egoísmos e avidez, não nos mudam nem a experiência, nem a compreensão.
Temos de suportar que os nossos desejos não tenham plena repercussão no mundo.
Temos de suportar que as pessoas que amamos não nos amem, ou que não nos amem como gostaríamos.
Temos que suportar a traição e a infidelidade, e o que é mais difícil entre todas as tarefas humanas, temos de suportar a superioridade moral ou intelectual de uma outra pessoa."
Sándor Márai
Sándor
Márai, (Sándor Károly Henrik Grosschmid),11 de abril de 1900- 22 de fevereiro de 1989.
Escritor e jornalista hungaro, Sándor Márai nasceu em Kassa, uma
pequena cidade da Hungria, hoje Eslováquia. Seu pai era advogado e sua mãe
professora. Poeta, Dramaturgo, um dos maiores escritores da língua húngara,
Autor de mais de sessenta livros. Escreveu seu primeiro romance aos 24 anos.
Alcançou grande sucesso na Hungria, foi um grande romancista, poeta e cronista
das sutilezas da memória. Sándor Márai pode ser definido como um verdadeiro
amante dos valores morais e civis.
Em 1919, vai viver em Berlim e depois
em Frankfurt, Alemanha. Começa a trabalhar como jornalista em 1920.
Em 1945, é eleito membro da Academia
Húngara de Ciências. No ano de 1948, inconformado com as idéias do regime
comunista em seu país, saí de Budapeste num auto-exílio, e deseja tornar-se
cidadão americano. Um liberal acima de tudo, Sándor Márai tinha a plena
convicção de que jamais poderia experimentar seu ideal de liberdade numa
sociedade dominada pelo comunismo. Márai sempre escreveu em húngaro e produziu
a maior parte de suas obras no período entre 1928 e 1948. Pagou um alto preço
por suas opiniões contrárias ao regime comunista. Durante toda a sua vida
Sándor Márai teve sua sorte modificada e influenciada pela guerra e pelos
conflitos políticos em seu país.
Num momento, em que era muito
respeitado por todos em seu país e estimado, como um dos maiores escritores da
Hungria, e da Europa, toda sua obra foi proibida e Sándor Márai, caíu no
esquecimento, exceto no Ocidente, que continuou publicá-lo. Márai foi sempre um
crítico inconformado com a ascensão do comunismo. Considerava a liberdade de
pensamento fundamental, para que o homem possa conquistar respeito e conhecer a
felicidade. Alguns críticos nunca aceitaram sua posição e por muito tempo
desprezaram suas criações literárias, que traziam um retrato fiel da decadência
da burguesia. Era considerado por muitos como um escritor de classe média.
Depois de morar na Suíça e Inglaterra,
vive por algum tempo na cidade de Nova York. Ainda em 1952 trabalha na rádio
Europa Livre, até 1967.
Em 1968 depois de passar um tempo em
Salermo, Itália, muda-se para San Diego onde vive até suicidar-se em 1989, com
um tiro na cabeça. O suicídio de Sándor Márai que partiu sem dizer por que,
talvez possa ser compreendido se levar-se em conta todos os anos de
esquecimento a que foi submetido pelo regime e pela falta de liberdade que
tanto criticou a vida toda.
Sua literatura pode já foi comparada
com a obra Thomas Mann, um dos maiores escritores alemães do século XX e a de
Gyula Krúdy, autor húngaro de obra extensa e muito querido em toda Hungria e
Europa. Em sua trajetória literária Sándor Márai, falou das armadilhas do amor,
da paixão, da vida, da dor, da decadência e da morte. Teve seu olhar sempre
voltado para todas as aventuras emocionais do homem. A força da literatura de
Sándor Márai sempre esteve em sua descrença e na aceitação de seu destino. Seu
amor a linguagem e o cuidado para expressar corretamente o que quer nos
mostrar, revelam ao seu leitor que Sándor Márai estava predestinado a escrever
e a nos revelar o caos e a imperiosa necessidade de mudança. Somente depois de
muitos anos, com o fracasso do regime comunista, Márai pode ter seu trabalho
novamente apreciado em seu país e ficou cada vez mais conhecido em todo o
mundo.
"O húngaro Sándor Márai foi o cronista
perspicaz de um mundo em colapso." Le Monde
Obra:
1- AS
BRASAS- Ed. Companhia das Letras, 1999.
O primeiro a ser lançado no Brasil, é o
livro mais festejado livro de Sándor Márai.
Um romance, que fala de amizade, paixão
e honra, trata da história de dois amigos,
Henrik e Konrad, que não se vêem há 41 anos. Depois de serem grandes amigos na
infância um deles desaparece em 1899.
Existe um segredo que ronda aquele dia
que mudou irremediavelmente a vida dos dois e que agora eles irão compreender.
Entre eles o fantasma de Kriztina a mulher por quem ambos estão dispostos a
lutar.
2- O
LEGADO DE ESZTER- Ed. Companhia das Letras, 2001.
Novela que conta a história de Eszter,
que vê voltar à casa da família o único homem que amou Lajos, mentiroso,
sonhador, ladrão de corações e usurpador do patrimônio familiar, ele retorna
após 20 anos de ausência para reivindicar os direitos dos filhos que teve com a
irmã de Eszter. Ela não hesitará mesmo contra o conselho de todos, a
entregar-lhe tudo o que lhe restou, na esperança de reviver esse amor. Com sua
escrita elegante e precisa Márai nos apresenta com grande sensibilidade um dos
personagens mais marcantes da literatura universal.
3- VEREDICTO
EM CANUDOS - Ed. Companhia das Letras,2002.
A leitura de Euclides da Cunha causou
tamanha impressão em
Sándor Márai, a ponto de inspirar este livro que é
praticamente uma homenagem a Euclides da Cunha.
Romance cuja ação se passa no sertão da
Bahia. Escrito em 1960 depois de ler “Os Sertões” de Euclides da Cunha, foi
lançado em 1970 no Canadá. A paisagem cheia de sol, a vegetação a secura e a
miséria da caatinga, nós dá a impressão de que ele conhecia profundamente esse mundo,
Sándor Márai retrata tudo isto com grande intimidade e verdade. Apenas alguém
que tenha passado por lá saberia descrever tão bem as agruras do sertão da
Bahia.
O romance conta a história de um ex- cabo do exército brasileiro, cinquenta anos depois. O dia em que, Antonio
Conselheiro foi derrotado pelas topas do governo.
O relato nos conta os acontecimentos do
dia 5 de outubro de 1897, data da rendição final de Canudos.
4- DIVÓRCIO
EM BUDA - Ed. Companhia das Letras, 2003.
Aqui, mais uma vez, Sándor Márai narra
o reencontro de dois homens, depois de anos sem se falar, e que esperam por um
acerto de contas. Entre eles uma mulher.
Escrito em 1935, o livro tem como protagonista
um austero juiz de direito que está prestes a oficializar a separação de um
médico e a esposa, ambos foram seus amigos de juventude. Com riqueza de
detalhes o romance mostra a decadência de uma sociedade burguesa diante da
Segunda Guerra Mundial e desvenda os cantos mais obscuros da mente do ser
humano.
5- REBELDES
- Ed.
Companhia das Letras, 2004.
Escrito nos anos 1930, o período mais
produtivo da carreira do escritor húngaro Sándor Márai, o livro traz um relato
fiel da burguesia de seu tempo.
Mais do que tudo Sándor Márai nos
ensina sobre as dores e dificuldades da passagem para a vida adulta.
No final de 1918, a pequena cidade de
Kassa, fica profundamente marcada pela guerra que apesar de distante modifica a
vida de seus moradores. Quatro rapazes, a princípio movidos apenas pela
curiosidade inconsequente da juventude, começam a cometer pequenos crimes.
Jovens e ingênuos, aos poucos os quatro rebeldes, estendem suas pequenas
ousadias e partem para o caminho dos prazeres e da transgressão dos jogos de
azar, do fumo, do roubo e da bebida. São facilmente seduzidos por um ator que
promete lhes desvendar os segredos da vida.
6- CONFISSÕES
DE UM BURGUÊS - Ed. Companhia das Letras, 2006.
Aos 34 anos, depois de sair de sua
cidade natal, Sándor Márai escreveu as Confissões de um Burguês que são as suas
memórias.
No romance o autor apresenta e analisa
sua casa e sua família, os antepassados que o moldaram, a formação escolar, seu
trabalho como jornalista e as diversas cidades em que viveu até resolver
voltar. Mais que uma série de impressões de uma vida em tempos difíceis,
Confissões de um burguês, desvenda as bases da obra de ficção de Márai. É um
retrato minucioso da formação do autor, com descrições cuidadosas e detalhadas
da casa onde nasceu até as auto-análises bastante ponderadas e feitas com muita
lucidez por alguém que se encontrava num estado permanente de revolução
interna. Aqui, Márai tem a revelação de que nada mais poderia fazer a não ser
escrever e de que isso só poderia ser feito em sua língua materna.
Durante toda a vida Sándor Márai
escreveu em seu idioma natal, depois de sair da Hungria, viveu no exílio e só
voltou a ser publicado com o fim da guerra fria.
7- DE
VERDADE - Ed. Companhia das Letras, 2008.
Escrito ao longo de quatro décadas, e
na voz de quatro narradores, De verdade, para alguns críticos é a obra máxima
do escritor húngaro Sándor Márai. Numa linguagem elegante e minuciosa, Márai
mostra todos os conflitos do amor e do casamento, além de revelar com maestria,
os bastidores da burguesia decadente na Europa Central, no período das duas
grandes guerras.
Neste romance em que expõe as
cicatrizes de uma capital agonizante, cercada pelas tropas comunistas, Sándor
Márai revela com grande inteligência e realismo a fronteira intransponível que
separa as classes sociais.
8- AS
VELAS ARDEM ATÉ O FIM – Ed. Dom Quixote, 1942.
Teve sua primeira publicação em 1942,
considerado uma das grandes obras da literatura Húngara do século XX.
Um pequeno castelo de caça na Hungria,
onde se celebravam elegantes saraus em salões decorados ao estilo francês ao
som da música de Chopin, é o cenário decadente que retrata o fim de uma época.
Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se para jantar depois de
quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro,
ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste
momento, pois entre eles existe um segredo de uma força estranha que os liga de
maneira singular.
9- A
MULHER CERTA – Ed. Dom Quixote, 1941.
A Mulher Certa é o último livro de
Sándor Márai. Em 1941 Márai publicou Az Igazi [A Mulher Certa], romance
composto por dois longos monólogos. Na edição alemã de 1949 (Wandlungen der
Ehe), o autor adicionou uma terceira parte escrita durante o seu exílio em
Itália; em 1980 Márai, reescreveu esta terceira parte, na qual adicionou um
epílogo.
A edição atual reúne as quatro partes
que constituem o romance.
O romance começa em Budapeste onde uma
mulher conta a uma amiga, como descobriu o adultério do seu marido. Por outro
lado, um homem confessa a um amigo como abandonou a sua mulher por outra, e uma
terceira mulher revela ao seu amante como se casou com um homem cheio de
dinheiro para sair da pobreza. Márai com seu domínio total da linguagem dá voz
cada um desses três personagens. Apresenta-nos a esses três pontos de vista,
essas três sensibilidades diferentes que desvendam uma história cheia de
paixões, mentiras e crueldade.
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